terça-feira, 21 de junho de 2016

Precisamos falar sobre a Olimpíada 2016 !!! COMPARTILHE!

Muita gente sabe que 2016 é o ano em que a cidade do Rio de Janeiro sediará os jogos Olímpicos e que isso está trazendo (mais) problemas para os cidadãos.

O caos começa com os atrasos nas obras, muitos setores ainda estão em andamento e parece que isso não está sendo uma prioridade. Claro, NADA está sendo como prioridade, nem mesmo a saúde, segurança e investimento.

O Brasil é um país em que os governantes são filhos mimados, eles querem tudo pronto, não há esforço algum para nada. Desejar que o Brasil seja escolhido para sediar determinado evento é moleza, não é mesmo? Agora, planejar para que ele dê certo é uma outra história, querem tudo pronto na boquinha e no final bater no peito que fizeram isso e deu certo, só que na verdade a gente nem deve ter conhecimento, mas deve sobrar é para o setor menos favorecido, que rala pra caramba e não ganha 1/3 porque tudo nesse país só favorece aquele que tem um alto QI (quem indica).

Desemprego lá em cima, escolas ocupadas, alunos sem aula, pessoas morrendo nos hospitais por falta de repasse de verbas, pessoas que morrem nas ruas pelo aumento da violência e que têm medo de sair de suas casas para ganhar o pão porque não sabe se voltarão inteiras.

Muita gente valoriza certos países que abrem mão de certo evento que vá beneficiar o turismo (entre outras coisas). Por que o Brasil não faz isso? Porque o Brasil não é um país sério, é aquele lugar que o que importa são as festividades, para calar o povo, afinal, o brasileiro tem fama (pelo menos eles nos tacham assim) de festeiro e que adora encher a cara e curtir a vida. Agora, o que muita gente esquece é que, esses países que abrem mão dos eventos são desenvolvidos e para eles serem o que são foi porque lutaram muito e trabalharam muito para que o país crescesse, não é mesmo?

O que mais ouço é gente dizendo que assim que a Olimpíada passar a 'coisa' ficará pior. Antes ficava me perguntando: Por quê falam tanto isso? De que assunto se referem? Hoje eu tenho que (infelizmente) concordar com isso. A situação piorará no geral, o desemprego vai aumentar (mais ainda!!), o rombo pós ressaca de evento ficará marcado em nossas vidas, tudo porque as crianças mimadas quiseram um evento de um porte tão alto que a economia do país não pôde suportar.

A cada segundo em que vivo nesse (pobre) país (quebrado), noto que piora mais e mais. A única solução: (tod)as pessoas pararem de dar valor ao inútil, e se ligarem nas notícias, se informar mais (não precisa se formar em Economia, porque acham que não é útil, mas é e muito!). É claro que a mudança começa por nós, mas as pessoas precisam saber por onde começar. REVER AS PRIORIDADES! Parar de ficar colocando as vontades na frente das obrigações. Gente que reclama TODA semana das segundas feiras, PARE! Se você reclama das segundas é porque tem algo de errado com o sistema, não é mesmo? Afinal, nós temos o direito de viver em nossa terra natal e termos o prazer de VIVER (trabalhar, estudar, andar, ir e vir, e claro, curtir), tudo em seu momento CERTO. Enquanto eles têm a OBRIGAÇÃO de nos fornecer isso.


Turistas, alguns avisos:
  1. Passem repelente - aqui no RJ temos as 3 Marias = Zika, Chikungunya e Dengue
  2. Andem com seus pertences em locais escondidos o máximo possível
  3. Não usem roupa que deixe claramente que você não é daqui, alvo fácil!
  4. Levem suas garrafinhas de água, pois uma de 510ml que custa R$2,00 (com certeza) custará R$5,00 (ou mais)
  5. Usem o UBER, os taxistas daqui são uma porcaria. É quase a mesma coisa que ser assaltado e ainda ser agredido.
 

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Deem uma olhadinha neste vídeo

Olá pessoal, tudo bem?
Observem os comentários das pessoas entrevistadas e tirem suas conclusões.



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Minha visão sobre ... #4 - As postagens políticas no FB

Chegou o momento em que resolvi parar de comentar sobre política na rede social (Facebook) devido ao cansaço de ver gente agindo como se vivêssemos em um país perfeito, que não tem problema algum e que está tudo certo. Cansei de ser tachadas de gente chata, por estar "reclamando' das coisas, e essas pessoas que nos tacham de coisas ruins não percebem (na verdade não querem saber) que estamos em um nível alarmante, que seria um nível bastante vergonhoso.

Somos livres de chegar e falar sobre política (assim como qualquer outra coisa), só que não somos bem recebidos quando temos a opinião diferente.

As pessoas estão muito preocupadas e ansiosas com os próximos memes e esperando que algum ser humano que seja carente de atenção, faça algum bizarrice e caia na web para ganhar fama e as pessoas comentem, riam, como se tudo estivesse bem. Essas mesmas pessoas não vão em uma biblioteca procurar um bom livro para ler e nem mesmo querem conversar com pessoas que tenham pensamentos diferentes sobre x assuntos (entender porque essa pessoa pensa diferente dele). É vergonhoso, o ponto em que o governo sente prazer, alegria e orgulho de ver o povo deixando a cegueira tomar conta de si. O povo só sente vergonha quando a seleção brasileira perde feio num jogo qualquer, seja para Alemanha, Equador, Peru.

Vergonhoso é ver esse povo que fica gritando, ovacionando num estádio, enquanto milhares de pessoas morrem nos hospitais, nas ruas, vítimas de bala perdida ou foram assassinadas porque os bandidos nem poupam mais a vida de ninguém ou porque o sistema de saúde seja mesmo uma porcaria e nada funciona.

"Nossa, você é extremista demais, fica reclamando de tudo e acha que temos que viver em luto 24h por dia".

Não, não acho isso. Acho 'apenas' que as pessoas deveriam ter a consciência, senso de que temos coisas mais importantes para resolver no país. Precisamos limpar os bandidos corruptos do nosso país, essa roubalheira toda, violência, a economia que vai de mal a pior e o aumento do desemprego. "Só" isso que deveriam se importar, "só". Podiam deixar o joguinho de futebol, a luta e o BBB para lá, e não deixar a mente ser contaminada por 'coisa' fútil. Ah, para acharem que esqueci: sim, o país só vai melhorar mesmo começando por seus cidadãos.

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domingo, 12 de junho de 2016

Dia dos namorados

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje venho falar do acontecimento anual e já deixo claro duas coisas:
  1. Não, não sou uma pessoa que fica reclamando ou que odeia o dia dos namorados. Uma coisa que detesto é ver gente sofrendo por "amor" (sim, no sentido que a pessoa é cega e está infeliz e não sabe). Então, se você conhece algum amigo que esteja passando por isso ou gosta de ajudar sem olhar a quem, compartilhe!;
  2. Faço esse tipo de post porque quero que as pessoas saibam e entendam certas coisas que são erradas e que existem (que não leu os posts passados entenderá logo abaixo).
Para que não conhece, no nosso blog, temos três postagens que falam sobre relacionamento e deixamos os links abaixo, para quem quiser rever (o pensamento é o mesmo). Vou deixar uma breve descrição ao lado de cada post para se situar melhor.

Post 01 - Namore alguém  - Na verdade é mais do que o óbvio (sdds redundância, mas é assim mesmo rs) sobre como seria um namoro SAUDÁVEL.
Post 02 - Não namore uma Paola Bracho - Para os homens (mulheres também, é claro) que são possuem um parceiro ruim/bad.
Post 03- Minha opinião sobre namoro - Como o próprio nome diz, opinião. Ninguém é obrigado a concordar.

Agora vamos lá, ano de 2016, post novo sobre o dia dos namorados. Vou contar mais ou menos as coisas que já vi desde o último dia dos namorados até hoje. (Não citarei nomes, até porque são exemplos que vejo no dia a dia, até mesmo com estranhos).

  • Aquele tipo de pessoa (sempre falo desse tipo de pessoa) que quer receber tudo do bom e do melhor, mas não retribui nada ao seu par. Não falo só em presentes, assim como carinho, afeto e demonstrações/ações de Amor;
  • Saiba detectar uma pessoa interesseira - só te procura quando você tá com a calça cheia de verdinhas e/ou o cartão de crédito com a fatura fechada e prontinha para ser torrada mais uma vez;
  • Pessoas que fazem ignorâncias baratas, a troco de nada. Só sabem reclamar de tudo e não agradecem e não fazer nada pelo par;
  • Bem me quer, mal me quer; Só te procura com saúde, na doença finge que tu nem existe;
  • Pessoas que contam quela história ridícula, mentir dizendo que faz determinadas coisas para fingir algo que não é;
  • Aquela pessoa que é tão cara de pau que não está nem ai para te agradar, te levar para os lugares que você curte e nem fazer uma comida ou determinado objeto que você Ame. Ah claro, mas você é obrigado (porque gosta ou Ama) a fazer as coisas por ela e ainda ser o trouxinha de abaixar a cabeça e obedecer.
  • Aquele tipo de namoro que só existe saída, jantares, passeios, viagens e diversão. Concordo que são ótimas opções, mas esse exemplo que vivenciei é tão ruim que os momentos ruins ambos estão cada um em seu canto agindo como se nem se conhecessem. Está certo?
  • Pessoas que têm medo de terminar um relacionamento porque sabe que o seu par vai fazer ceninha. Cá entre nós: ambos precisam crescer!
 
São tantos casos, sabe? Já citei vários nos posts que destaquei no início desse post, só que não estou me sentindo confortável em escrever tantas coisas ruins. Muita gente que se deixa se levar pela beleza, pelo uso de maquiagem, roupa curta ou culta, cabelo bonito, grande, pequeno, sorriso bonito e sem marcas no corpo (estrias). Saiba que um dia, caso você case com essa pessoa ela irá ficar cheia de rugas e claro, mostrará mais e mais como ela é (ou a pessoa é e você finge que não existe)
 
Namore aquela pessoa que é sua melhor amiga, que você tem um determinado olhar e ela sinta que há algo errado ou que você está tentando dizer algo. Aquela pessoa que você quer estar ao lado TODOS OS DIAS, até mesmo quando a mulher tenha TPM ou quando o homem não está afim de papo e quer ficar na dele vendo jogo e/ou sair com os amigos. O Amor está nos simples momentos da vida. Aprendi muito nesse 'pouco' tempo de vida que por mais que viajar seja bom (é bom demais), passear, curtir a vida a dois, andar na praia, comprar aquele presente legal para a pessoa que você Amo, tenho tido a consciência de que AMAR e LUTAR todos os dias para lá na frente realizar tudo que não foi feito porque não tinham dinheiro e também em questão de segurança... Pode sim valer a pena. O que basta é o Amor, companheirismo, respeito e valor.

Desejo à todas as pessoas que leem esse post, que tenham um ótimo relacionamento e que entendam uma coisa: todo mundo tem sim a chance de encontrar a pessoa que vai te completar, transbordar e fazer muito feliz. Só que às vezes ela pode estar ao lado e você não nota, está dando valor a quem não merece. Tente ao máximo analisar o relacionamento ou o futuro par que você terá, ninguém merece ser infeliz no Amor. Amar é tão bom, e é tão maravilhoso que você faz isso sorrindo e com tanto prazer... até mesmo em situações complicadas e ruins. Vai por mim!

FELIZ DIA DOS NAMORADOS
NÃO IMPORTA SE NÃO NAMORA, UM DIA VAI APARECER ALGUÉM MUITO ESPECIAL E QUE VAI TE VALORIZAR, RESPEITAR E SER TUDO PARA VOCÊ.

E DIGO MAIS UMA COISA: não tenha pressa. É como na música do Roupa Nova, não tem hora para chegar e quando ela vem, não vai embora.



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sábado, 11 de junho de 2016

Hoje na História: dia da Marinha do Brasil

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje é dia da Marinha do Brasil.

Uma das primeiras batalhas representativas da Marinha Brasileira foi a Batalha Naval do Riachuelo no dia 11 de junho de 1865. A esquadra brasileira comandada pelo Almirante Barroso, combateu durante 8 horas a esquadra paraguaia que foi parcialmente destruída.

Do lado paraguaio, estava no comando da esquadra o comandante Ignacio Meza, que era um dos principais militares do ditador paraguaio Solano Lopez. A vitória do Almirante Barroso trouxe ao Brasil o domínio das comunicações fluviais e pleno controle sobre rios adjacentes, como o Paraná e o Paraguai. Esse controle era importante porque, a um só tempo, limitava as ações do ditador Solano Lopez e garantia ao Brasil um futuro econômico atrelado ao escoamento de produtos por meio dos rios.


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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Quem foi o Nhô Tonico?

Olá pessoal, tudo bem?
A pedido de um leitor nosso, hoje falaremos sobre o Nhô Tonico, nome que usava em suas dedicatórias.


Antônio Carlos Gomes

Nascido em Campinas, foi compositor de ópera. Aprendeu clarineta, violino e piano.

Sua vida foi bastante marcada pela dor. Perdeu sua mãe quando era pequeno e passou muita necessidade por pertencer a uma família grande (25 irmãos).

Seu pai, que era músico, formou uma banda com seus filhos, e é a partir daí que Carlos Gomes inicia seus passos no universo artístico.

★ 11 de Julho de 1836
 † 16 de Setembro de 1896




Alguns anos depois, Carlos Gomes substitui seu pai na banda, fazendo suas primeiras apresentações em bailes e concertos. Nessa época, Carlos Gomes alternava o tempo entre o trabalho numa alfaiataria costurando calças e paletós, e o aperfeiçoamento dos seus estudos musicais. Aos quinze anos de idade compôs valsas, quadrilhas e polcas (dança oriunda da República Tcheca).

Aos dezoito anos, em 1854, compôs a primeira missa, Missa de São Sebastião, dedicada ao pai e repleta de misticismo. Na execução cantou alguns solos. A emoção que lhe embargava a voz comoveu a todos os presentes, especialmente ao irmão mais velho, que lhe previa os triunfos. Em 1857 compôs a modinha Suspiro d'Alma, com versos do poeta romântico português Almeida Garrett.

Ao completar 23 anos apresentou vários concertos com o pai. Ainda moço, lecionava piano e canto, dedicando-se, sempre, com afinco, ao estudo das óperas, demonstrando preferência por Giuseppe Verdi. Era conhecido também em São Paulo, onde realizava frequentemente concertos e, onde compôs o Hino Acadêmico, ainda hoje cantado pela mocidade da Faculdade de Direito. Aqui recebeu os mais amplos estímulos e todos, sem discrepância, apontavam-lhe o rumo da Corte, em cujo conservatório poderia aperfeiçoar-se. Todavia, Carlos Gomes não podia viajar porque não tinha recursos.

Principais composições:

  • A noite do Castelo (1861)
  • Joana de Flandres (1863)
  • O Guarani (1870)
  • Fosca (1873)
  • O Escravo (1889)
  • Condor (1891)
  • Colombo (1892)


Sua primeira ópera foi no dia 4 de setembro de 1861, no Teatro da Ópera Nacional, A Noite do Castelo. O primeiro trabalho de fôlego de Antônio Carlos Gomes, baseado na obra de Antônio Feliciano de Castilho. Constituiu uma grande revelação e um êxito sem precedentes, nos meios musicais do País. Carlos Gomes foi levado para casa em triunfo por uma entusiástica multidão, que o aclamava sem cessar, o Imperador também entusiasmado com o sucesso do jovem compositor, agraciou-o com a Imperial Ordem da Rosa.

Carlos Gomes conquistou logo a Corte. Tornou-se uma figura querida e popular. Seus cabelos compridos eram motivo de comentários, e até ele ria das piadas. Certa vez, viu um anúncio, que fora emendado: de "Tônico para cabelos", fizeram "Tonico, apara os cabelos!". Virou-se para seu inseparável amigo Salvador de Mendonça e disse, sorrindo: - Será comigo?


Foi presenteado por Dom Pedro II com uma bolsa de estudos em Milão, na Itália, em 1863, onde se formou com o diploma de maestro três anos mais tarde. Ganha projeção internacional ao apresentar no Teatro Scala de Milão a ópera O Guarani (1870), baseada no romance de José de Alencar. É condecorado pelo nosso Imperador com a Ordem da Rosa, a comenda máxima do Império. No ano seguinte casa-se com a italiana Adelina Peri, com quem teve uma união conturbada, tiveram cinco filhos, três morreram prematuramente.

Com a morte de Mário, um dos filhos do casal, o compositor entrou em profunda depressão e mudou-se para Gênova. "Mário, subindo ao céu, aos cinco anos, me deixou na terra infeliz para toda a vida", escreveu o músico.

Em 1866, recebeu Carlos Gomes, de novo no Brasil, uma justa consagração na Bahia, onde, a pedido do grande pianista português, Artur Napoleão, compôs o Hino a Camões, para o Quarto Centenário Camoniano, executado simultaneamente ali e na Corte, com grande sucesso.

De volta à Itália, compôs a grande ópera Lo Schiavo, que entretanto, por vários motivos, não pôde ser representada ali. Foi levada à cena, pela primeira vez, em 27 de setembro de 1887, no Rio de Janeiro, em homenagem à Princesa Isabel, a Redentora, com esplêndido sucesso. Interessante dizer que a abertura desta ópera, Alvorada, foi composta na Ilha de Paquetá, no Município do Rio de Janeiro, onde se encontra um busto de Carlos Gomes, pouco conhecido.



Em 3 de fevereiro de 1891, outra vez na Itália, Carlos Gomes estreia, no Scala de Milão, a ópera Condor, com grande êxito, pois, nessa peça, apresentara uma nova forma, muito mais próxima do recitativo moderno.

O tumor maligno na língua e garganta que o levaria ao túmulo, nessa época, fazia-o sofrer dolorosamente. Todavia, as desilusões, as decepções, a ingratidão de seus compatriotas e as dores físicas ainda não lhe haviam quebrado a resistência. Ainda estava à espera de sua nomeação para o cargo de diretor do Conservatório de Música, no Brasil. Nesse tempo foi proclamada a República, e seu grande amigo e protetor, Dom Pedro II, é exilado, com grande mágoa de Carlos Gomes. Compôs, ainda, Colombo em 1892, um poema sinfônico.

Finalmente, após tanto sofrimento, chegou-lhe um convite. Lauro Sodré, então governador do Pará, pediu-lhe para organizar e dirigir o Conservatório daquele Estado. Carlos Gomes volta para a Itália, a fim de pôr em ordem suas coisas, despedir-se dos filhos e reunir elementos para uma obra grandiosa que, apesar de seu estado, sempre mais grave, ainda conseguiu realizar. Amigos aconselharam-no a fazer uma estação em Salso Maggiore, mas ele desejava partir, quanto antes, para sua pátria. Chegou a Lisboa, por estrada de ferro, e recebeu comovedora homenagem. A 8 de abril de 1895, nessa mesma cidade, sofre a primeira intervenção cirúrgica na língua, sem resultados animadores. Embarca, no vapor Óbidos, para o Brasil. De passagem por Funchal, tem o prazer de reabraçar seu velho amigo André Rebouças, ali exilado.

No dia 11 de julho, data de seu aniversário, as homenagens tributadas ao compositor davam a medida da afetividade que inspirava. Em vários pontos da cidade ouviam-se os acordes da protofonia de O Guarani, e os jornais alimentavam a dor pública com o relatório constante do agravamento do estado geral do compositor. Estava montado o cenário onde aconteceria a representação final do pathos do artista genial, do brasileiro ilustre, do consagrado testa di leone (cabeça de leão, devido à farta cabeleira), como algumas publicações italianas o chamavam. Cercado por autoridades e amigos, com o governador Lauro Sodré à cabeceira, Carlos Gomes morreu às 22 horas e 20 minutos de 16 de setembro de 1896. Seu corpo foi embalsamado, fotografado e, em seguida, exposto à visitação pública, cercado de flores e objetos como partituras e instrumentos, bem de acordo com a idealizada "morte bela" do Romantismo.


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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Quem foi Quitéria?

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje falaremos sobre uma pessoa importante na nossa História, que muitas vezes ignoramos e não lemos só pela simples falta de conhecimento/divulgação. A heroína da Independência.

Maria Quitéria de Jesus Medeiros

Nasceu na cidade de Feira de Santana, foi a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar das Forças Armadas Brasileiras, durante o Império Brasileiro. Primeira a entrar em combate pelo Brasil, em 1823, nas Guerras da Independência do Brasil.

Baiana, filha de portugueses nascidos no Brasil (época Colonial). Perdeu a mãe aos dez anos de idade.

Quitéria sabia montar, caçar e usar armas de fogos, que eram os conhecimentos essenciais naquela época.

No início das agitações contra o domínio de Portugal, Quitéria foi transferida em 1822 para Salvador com as tropas portuguesas.


★ 27 de Julho de 1792
 † 21 de Agosto de 1853





Quitéria defendia ativamente o movimento pró-independência da Bahia, enviando emissários a toda a Província em busca de adesões, recursos e voluntários para formação de um "Exército Libertador".

Tendo o velho Gonçalo, Maria Quitéria pediu-lhe autorização para se alistar. Sendo o pedido negado pelo pai, Maria Quitéria fugiu, dirigindo-se à casa de sua meia-irmã, Teresa Maria, casada com José Cordeiro de Medeiros, e, com o auxílio de ambos, cortou os cabelos. Vestindo-se como um homem, dirigiu-se à vila de Cachoeira, onde alistou-se no Regimento de Artilharia sob o nome de Medeiros, ali permanecendo até ser descoberta pelo pai, duas semanas mais tarde.

Defendida pelo Major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves), comandante do Batalhão dos Voluntários do Príncipe (popularmente apelidado de "Batalhão dos Periquitos", devido aos punhos e gola de cor verde de seu uniforme), em virtude de sua facilidade no manejo das armas e de sua reconhecida disciplina militar, foi incorporada a esta tropa. Seu uniforme, foi acrescentado um saiote à escocesa.

No dia 29 de outubro seguiu com o seu Batalhão para participar da defesa da Ilha de Maré e, logo depois, para Conceição, Pituba e Itapoã, integrando a Primeira Divisão de Direita. Em fevereiro de 1823, participou com bravura do combate da Pituba, quando atacou uma trincheira inimiga, onde fez vários prisioneiros portugueses (dois, segundo alguns autores), escoltando-os, sozinha, ao acampamento.

Em 31 de março, no posto de Cadete, recebeu, por ordem do Conselho Interino da Província, uma espada e seus acessórios.

Finalmente, em 2 de julho de 1823, quando o "Exército Libertador" entrou em triunfo na cidade do Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população em festa. O governo da Província dera-lhe o direito de portar espada, e, na condição de Cadete, envergava uniforme de cor azul, com saiote por ela elaborado, além de capacete com penacho.

"Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro". General Pedro Labatut

Foi promovida a alferes. Aproveitou o momento durante a condecoração da Imperial Ordem do Cruzeiro, pedindo pessoalmente ao Imperador que enviasse uma carta ao pai dela pedindo que a perdoasse por sua desobediência. Após seu pai a perdoar, casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Mudou-se depois com a filha para Salvador, onde morreu quase cega.


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