segunda-feira, 6 de junho de 2016

Quem foi Quitéria?

Olá pessoal, tudo bem?
Hoje falaremos sobre uma pessoa importante na nossa História, que muitas vezes ignoramos e não lemos só pela simples falta de conhecimento/divulgação. A heroína da Independência.

Maria Quitéria de Jesus Medeiros

Nasceu na cidade de Feira de Santana, foi a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar das Forças Armadas Brasileiras, durante o Império Brasileiro. Primeira a entrar em combate pelo Brasil, em 1823, nas Guerras da Independência do Brasil.

Baiana, filha de portugueses nascidos no Brasil (época Colonial). Perdeu a mãe aos dez anos de idade.

Quitéria sabia montar, caçar e usar armas de fogos, que eram os conhecimentos essenciais naquela época.

No início das agitações contra o domínio de Portugal, Quitéria foi transferida em 1822 para Salvador com as tropas portuguesas.


★ 27 de Julho de 1792
 † 21 de Agosto de 1853





Quitéria defendia ativamente o movimento pró-independência da Bahia, enviando emissários a toda a Província em busca de adesões, recursos e voluntários para formação de um "Exército Libertador".

Tendo o velho Gonçalo, Maria Quitéria pediu-lhe autorização para se alistar. Sendo o pedido negado pelo pai, Maria Quitéria fugiu, dirigindo-se à casa de sua meia-irmã, Teresa Maria, casada com José Cordeiro de Medeiros, e, com o auxílio de ambos, cortou os cabelos. Vestindo-se como um homem, dirigiu-se à vila de Cachoeira, onde alistou-se no Regimento de Artilharia sob o nome de Medeiros, ali permanecendo até ser descoberta pelo pai, duas semanas mais tarde.

Defendida pelo Major José Antônio da Silva Castro (avô do poeta Castro Alves), comandante do Batalhão dos Voluntários do Príncipe (popularmente apelidado de "Batalhão dos Periquitos", devido aos punhos e gola de cor verde de seu uniforme), em virtude de sua facilidade no manejo das armas e de sua reconhecida disciplina militar, foi incorporada a esta tropa. Seu uniforme, foi acrescentado um saiote à escocesa.

No dia 29 de outubro seguiu com o seu Batalhão para participar da defesa da Ilha de Maré e, logo depois, para Conceição, Pituba e Itapoã, integrando a Primeira Divisão de Direita. Em fevereiro de 1823, participou com bravura do combate da Pituba, quando atacou uma trincheira inimiga, onde fez vários prisioneiros portugueses (dois, segundo alguns autores), escoltando-os, sozinha, ao acampamento.

Em 31 de março, no posto de Cadete, recebeu, por ordem do Conselho Interino da Província, uma espada e seus acessórios.

Finalmente, em 2 de julho de 1823, quando o "Exército Libertador" entrou em triunfo na cidade do Salvador, Maria Quitéria foi saudada e homenageada pela população em festa. O governo da Província dera-lhe o direito de portar espada, e, na condição de Cadete, envergava uniforme de cor azul, com saiote por ela elaborado, além de capacete com penacho.

"Querendo conceder a D. Maria Quitéria de Jesus o distintivo que assinala os Serviços Militares que com denodo raro, entre as mais do seu sexo, prestara à Causa da Independência deste Império, na porfiosa restauração da Capital da Bahia, hei de permitir-lhe o uso da insígnia de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro". General Pedro Labatut

Foi promovida a alferes. Aproveitou o momento durante a condecoração da Imperial Ordem do Cruzeiro, pedindo pessoalmente ao Imperador que enviasse uma carta ao pai dela pedindo que a perdoasse por sua desobediência. Após seu pai a perdoar, casou-se com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com quem teve uma filha, Luísa Maria da Conceição. Mudou-se depois com a filha para Salvador, onde morreu quase cega.


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