sexta-feira, 4 de março de 2016

Quem foi Dionísia Gonçalves?

Olá pessoal, tudo bem?
Depois de ficar semanas fazendo o texto que postei ontem, sobre as coisas ruins do Brasil, volto com as postagens Históricas.

A pedido, falarei a sobre a poetisa, escritora e educadora. Ela que abriu caminho para o feminismo no Brasil.



Dionísia Gonçalves Pinto, mais conhecida por seu pseudônimo Nísia Floresta Brasileira Augusta, nascida em Papari, no Rio Grande do Norte. Filha de um português com uma Brasileira. Dionísia incorporou para seu nome artístico o lugar onde nasceu (a fazenda Floresta) e uma lembrança de seu segundo marido, Manuel Augusto de Faria Rocha, pai de sua filha, Lívia Augusta.






  • Seus primeiros passos na literatura foi a publicação de uma série de artigos sobre a condição feminina em um jornal pernambucano. 
  • Dirigiu um colégio para meninas.
  • Com o advento da Guerra dos Farrapos, Nísia se muda para o Rio de Janeiro, onde dirige os colégios Brasil Augusto, reconhecidos pelo alto nível de ensino
  • Em 1849, leva a filha, que se acidentou gravemente, para a Europa, fixando-se em Paris. Em 1853, publicou Opúsculo Humanitário, uma coleção de artigos sobre a emancipação feminina.
  • Esteve de volta ao Brasil entre 1872 e 1875, mas pouco se sabe de sua vida nesse período. Em 1878, publica seu último trabalho: Fragments d’un ouvrage inédit: Notes biographiques.

Nísia faleceu em 1885 de pneumonia, aos 75 anos, na França. Seus restos mortais só foram trazidos ao Brasil quase 70 anos depois, em 1954, e foram enterrados no sítio onde nascera, na cidade que fora rebatizada de Nísia Floresta logo após a sua morte.

Apesar da grande importância histórica e cultural de sua obra, Nísia Floresta é pouco conhecida. “Infelizmente, a falta de divulgação da obra de Nísia tem sido responsável pelo enorme desconhecimento de sua vida singular e de seus livros considerados de grande valor”, diz Veríssimo de Melo em seu livro sobre personalidades da Academia Norte-Riograndense de Letras.


Aqui sob esta abóbada

Aqui sob o zimbório, onde um santo viveu,
Eu scismo sobre o nada... E a lama entristeceu...
E vem-me ao coração, assim, desilludido,
Santa recordação do meu filho querido...
A lembrança dos meus é orvalho enluarado
Suavizando o calor do meu peito abrazado.
Da vida no espinhal, de minha mãe a imagem
É perfume de flor, é verde de ramagem...
Branca e doce visão aos pés do altar pendida,
Intercedendo aos céos pela filha dorida,
Que chora de amargor, ante o vício e o peccado,
Enquanto escuta da alma um som nunca estudado...
Brando e divino som, que ao coração me vem
Como resteas do sol, como um sopro do Bem...
Seria a tua prece, ó mãe, o teu cicio
Que em mim repercutindo, eu sinto que allivio?
Deus fazendo vibrar seraphica oração,
Harmonia do céo, dentro do coração?
Ó mãe, esposo e pae, ó trindade primeira,
Que eu recordo, entre o crepe e a flor da laranjeira,
Como estrellas brilhando em rosários de luz,
Um clarão derramai aos pés da minha Cruz!...

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