quarta-feira, 8 de abril de 2015

Quem foi Josefina de Beauharnais?

Olá, tudo bem?

Se alguém me perguntar sobre uma pessoa que as pessoas deveriam conhecer, eu diria: Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie. Antes de falar com quem ela estava ligada, contarei uma pouco sobre a vida dela.

★ 23 de Junho de 1763
 † 29 de Maio de 1814

Nascida em Martinica, em uma Ilha da França, sua família prosperava com as fazendas de cana-de-açúcar, só que com uma série de furacões, pôs um fim nos negócios de seu pai em 1766.

Sua tia Edmée era amante de François Beauharnais, um aristocrata francês, que estava doente e Edmée propôs a sua sobrinha em casamento, Catherine- Désireé, com Alexandre Beauharnais - filho de François. Esta situação era apenas para Edmée herdar a herança de François e erguer sua família, que estava na miséria.

Só que apesar de todas as expectativas, Catherine-Désirée morreu em 1777, antes de sua viagem à França. Quem teve que entrar no lugar dela ? Josefina


Em 1779 Josefina seguiu para a França com seu pai, onde desposou (que foi prometida em casamento) com Alexandre na data de 13 de dezembro de 1779 em uma cerimônia privada em Noisy-le-Grand. O casamento não foi próspero, entretanto, tiveram dois filhos: Eugênio e Hortênsia - ambos apresentarei em breve.




Seu casamento com Alexandre chegou ao fim em 1794 , quando ele foi preso pelo Comitê de Salvação Pública. Alexandre de Beauharnais foi sentenciado a morte e encarou a guilhotina no dia 13 de junho do mesmo ano, na Praça da Revolução.





Josefina, agora viúva, passa a se relacionar com grandes figuras políticas e é neste momento que ela conhece o nosso querido (talvez rs) Gato de Botas. É, quem diria! O General se tornou o Amor de sua vida. Vários políticos ajudaram na união dos dois e Josefina foi muito aceita pela burguesia e bem recebida nas cerimônias quando o acompanhava.

Em janeiro de 1796 foi pedida em casamento e no dia 09 de março do mesmo ano se casaram. Dois dias depois do casamento, seu marido parte para à Itália para liderar o Exército Francês e Josefina manteve-se fiel e amorosa. Só que Josefina acabou tendo um caso com um tenente hussardo (uma classe de cavalaria) e este rumores chegaram até seu marido, que acabou se encantando por Pauline Bellisle - esposa de um oficial subalterno. Após seu caso com o tenente, acredita-se que Josefina não teve mais caso com ninguém, ao contrário de seu marido.

Alguns anos depois, seu marido teve a consciência de que Josefina não poderia mais dar à luz e foi assim que ambos concordaram no divórcio, para que o Gato de Bodas pudesse casar com outra pessoa e ter seu herdeiro. No documento do divórcio foi oficializado no dia 10 de março de 1810 e seu ex-marido não queria perder tempo, no dia seguinte casou-se por procuração com Marie-Louise e mesmo após o divórcio, Josefina manteve contato amigável.

No dia 29 de maio de 1814, falece Josefina, após ser diagnosticada com uma forte pneumonia que provavelmente contraiu do Czar Alexandre I da Rússia, passeando pelo jardim.


Eis um pedaço da carta enviada de seu segundo marido.

“Já não te amo: ao contrário, detesto-te. És uma desgraçada, verdadeiramente perversa, verdadeiramente tola, uma verdadeira Cinderela. Nunca me escreves; não amas o teu marido; sabes quanto prazer tuas cartas dão a ele e ainda assim não podes sequer escrever-lhe meia dúzia de linhas, rabiscadas apressadamente. Que fazes o dia todo, Madame? Que negócio é assim tão importante que te rouba o tempo para escrever ao teu devotado amante? Que afeição abala e põe de lado o amor, o terno e constante amor que lhe prometeste? Quem será esse maravilhoso novo amante que te ocupa todos os momentos, tiraniza seus dias e te impede de dedicar qualquer atenção ao teu esposo? Cuidado, Josefina: alguma bela noite as portas se abrirão e eu surgirei. Na verdade, meu amor, estou preocupado por não receber notícias tuas; escreve-me neste instante quatro páginas plenas daquelas palavras agradáveis que me enchem o coração de emoção e alegria. Espero poder em breve segurar-te em meus braços e cobrir-te com um milhão de beijos, candentes como o sol do Equador."

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